"Se a tua dor te aflige, faça dela um poema!"

É provável


O real sentido da vida. É!
Nunca será possível? nem mesmo se fecharmos os olhos?
E se imaginarmos luzes e flores pelos quatro cantos e ouvirmos o canto de todos os sabiás cantando?
Em busca, só. Talvez seja o caminho.
Tem pedras no caminho, o vento está tão forte. Sim está! Vento que leva meus cabelos para trás do rosto tirando toda alegria também.
Sinto o gosto do sal das lágrimas que escorrem no rosto .
A alegria agora é contar as gotas de cada tristeza. É sim!
Mas isso tem um fim. Não tem? nem que eu vá buscá-lo o mais longe e profundo que estiver de mim. E trago o fim dessa tristeza ou pego toda para mim.

Cadeiras de balanço

Meu coração está abafado, não está à salvo.
Ele precisa gritar, precisa se soltar e desabafar.
Desabafar as palavras de amor que poderiam ser ditas mais que ficam presas a todo instante.
Até quando aguentarei?
Até quando esse aperto no peito incomodará?
Estou caminhando, tropeço, caio; já me levantei, me reergui mas confesso
está mais difícil assim...
No decorrer do caminho há tantas pedras,
pedras que junto para construir o nosso canto; sim! Ainda sonho com nossa varanda de frente pro mar, sentados em cadeiras de balanço, sentindo o cheiro do cigarro quase se acabando...ouvindo pássaros, vendo o pôr-do- sol se escondendo cada vez mais e aquele céu todo azul- escuro, laranja com rosa e amarelo. Sinto o calor da sua mão aquecendo a minha só de fechar os olhos e nos imaginando ali, só com o mundo; como seria bom se tudo isso realizasse!
Olho para cima, tento uma súplica;
Olho pros lados tentando encontrar o caminho certo de acertar o seu coração.
Mais vejo que o lugar certo de se olhar é só para frente, onde ainda posso te encontrar, por mais difícil que seja...