"Se a tua dor te aflige, faça dela um poema!"

De roupão.

O que queria era chegar do trabalho tirar os sapatos apertados, por que sim, eu os colocava propositalmente para que no fim da noite pudesse pegar um balde d’água quente com alguns sais de banho e colocá-los lá.
Um puro prazer.
Tomei um banho bem quente.
Imagine só o banheiro já estava todo embaçado, escrevi no espelho um nome e sorri.
Aquela sensação era tão jovial, fazia tempo que não sentia mais nova do que era; nova quando falo é por dentro porque por fora?
Ah, por fora os traços do tempo me faziam sentir completa e realizada, ainda por já ter vivido e feito tudo que fiz.
Preparei um chá, ainda estava de roupão.
Sabe quando está frio, você pouco coberto e tomando algo quente?
Era assim, e eu gostava dessa pouca sinfonia e de tanta sintonia, entre o tempo e eu. Parecia falar comigo, apesar de parecer louco. Sinto-me bem com a simplicidade do que tenho.
Sentei-me na poltrona, coloquei meus pés na mesinha de centro, e comecei a terminar de ler um dos meus livros preferidos. Há meses venho lendo e tenho medo que acabe. Onde encontrarei livro tão bom e completo assim?

4 comentários:

  1. simples e lindo como todos os outros textos

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  2. "sinto-me bem com a simplicidade que tenho.''

    Bom final de semana pra ti !

    um beijo.

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  3. Ah, devia ter encontrado esse blog antes!!!!!

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