Dentro dos olhos.
Com áspas.
fleurs dans le jardin
Dia da poesia.
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro.
E o meu engano for provado então eu nunca terei escrito ou nunca ninguém terá amado.
Eu carrego você comigo.*
Eu carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde quer que vá, você vai comigo
E o que quer que faça
Eu faço por você
Não temo meu destino
Você é o meu destino meu doce
Eu não quero o mundo por mais belo que seja
Você é meu mundo,minha verdade
Eis o grande segredo que ninguém sabe.
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto e o céu do céu
De uma árvore chamada vida
Que cresce mais que a alma pode esperar ou a mente pode esconder
E esse é o pródigo que mantém as estrelas á distância
Eu carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.
*Extraído do poema de E.E. Cummings, para todas as pessoas que eu amo.
A primeira do céu.
A garrafa de café está ao lado. Preparada para qualquer trago de cigarro.
Ele vêm acompanhando- me bem menos por esses dias,apesar da insistência em querer todo dia depois do almoço.
Mais que mania,meu moço!
Coração acelerado,pede mais um trago.
E venta fresco,mexe os cabelos, e a fumaça contagia todo o lugar.
Cheira avô lá na fazenda cuidando da horta,cheira amor-do-verão-retrasado,cheira o gosto do café de manhãzinha.
O tempo está passando,a tardezinha vêm chegando. Dia desses os dedos estarão amarelos.
Suspiro,pensando no que passou e eu ali,sentado.
De repente,fecho os olhos,bem apertados e quando os abro vejo a primeira estrela do céu.
Desde criança,fazia um pedido.
O fiz!
Atenda,dona-estrela.
2 anos de blog.
Aqui,lá a-c-o-l-á.
Todo amor que houver nessa vida,pra você,pra mim,pra nós!
Deixamos como está!
E quando toda ventania passa, a poeira então desce e a chuva cai limpando tudo que é ruim da natureza e da gente, as flores então aparecem. E eram murchas, cairam, agora está bem florido, até o canteiro da padaria.
Uns sorriem, outros tem lágrimas caídas no canto da boca. É que a nossa posição muda a todo instante,e isso as vezes é bom,para quem está do lado que julga ser bom.
De repente, começa tocar I want to hold your hand e é tão clichê, bem agora, enquanto escrevo esse bilhete para colocar no portão de uma casa qualquer. E eu precisava ouvir uma música que pudesse acalentar o peito.
Aquecer meu coração.
Isso-quase-sempre-faz-mal.
Deixamos como está!
Acabei de colocar no modo repete e vou dançar, com o som bem alto. Já é de madrugada, e se alguém interfonar aqui e reclamar vou dizer em bom tom que tenho o direito de saciar toda pouca felicidade que existe entre notícias e noticiários.
E já vou desculpando-me por deixar esse bilhete bem na varanda de sua casa,só consegui pensar que alguém tinha de me ouvir,ou me ler e talvez compartilhar de todo amor junto à mim,mesmo sem saber. Obrigada também.
Ainda mais com esse jardim cheirando quase aqui dentro de casa.
É que ainda não tem nome.
Ou então é cisco no olho no anoitecer.
E não tem para quem falar. Para que falar?
Há de ter, mas há tantas picuinhas dentro e no meio. No meio da multidão.
O problema é quando não é só você na jogada.
Aí o coração bombeia o sangue-que-sobe-e-desce-da-cabeça-aos-pés.
Vira incerteza ou é certeza demais.
Se começa a falar, bons ventos não vêm soprar.
E no papel tinha versos rabiscados. Agora poemas, mais nada tão suficiente para o momento. Parece distante.
O corpo parece estar demasiado de drogas, músicas e oscilando do bom e do ruim.
Não é fácil de explicar. Agora não!
Daí a gente acorda e sente aquele ventinho frio do tempo de verão. Janeiro é sempre o mesmo, o verão é sempre o mesmo e também não. Sempre te trás o que espera, e sempre espera o que te trás.
E começa os chuviscos e que derramam junto entre os pensamentos sorrisos incertos. Ou certos.
E aparece o sol vezenquando.
E descobre finalmente que está pronto de coração, de alma. E está pronto para outra, para outro. Tudo de novo, bem mais esperançoso. Amor, amor amor.
É que tudo começa no começo do verão...